Enquanto a madrugada vai
embora
O céu me traz as boas novas;
Está frio e o poeta morreu!
Por quantas praias aos
domingos percorri
Buscando inutilmente resgatar
sua última lembrança?
Que agora desfalece em um
sorriso
Está frio, é passado, ele
morreu!
Deixei memórias no parapeito
e pela rua
É impossível fingir que em
tudo não há uma explicação
Até as cortinas em poesia
fazem sentido
À nós e também à elas que sentem
os meus versos
Umas tristes, outras mais
tristemente
Rindo de mim! A donzela que se
fez vilã
Crédula, amei tanto sem saber
Que de amar há como se morrer
Porém meu coração agitado
Está feliz agora que o poeta
jaz em mim!
Mas o pequeno metal retorcido
sabe mais
Que muita gente e pesa mais
que muita coisa...
Notória a bagagem que trago
Com tanto amor preservado
E lágrimas de paz
Pois o poeta morreu
E sobre esse sofrimento
Não canto mais!
Nenhum comentário:
Postar um comentário