Minha nudez gelada, alva e exasperada
Declama a casta rebeldia em
espera
Casca grossa que tudo
confronta. Arisca
Ao fitarem meus olhos, que
doces
Escondem o real espírito em
guerra
Posto em ainda mais caos
Pois meus sentimentos estão também em tempestade
- Tormentas de violentas
chuvas, ácidas lágrimas
É o veneno que prego, que dissemino
Entre meus vilarejos e
viagens da exausta mente.
O veneno anseio de estar a sós
Mas de ser devorada numa
bocada só
Ou decifra-me ou me deixes,
parto incoerente
Apetite de superar a suprema
poesia
Que tudo controversa e me
vence em ousadia
Doce ópera que ordena minha desordem
Orquestro, orquestro os tons
de minha voz
As nuances de meus toques
macios, meus beijos
Molhados, exacerbados na espera eterna
Da alma incontrolada, fugaz, esperta
Da alma incontrolada, fugaz, esperta
Desesperar-se ao fantasiar
mãos as quais seja incapaz
Finalmente, dissimular
Louca, desvairada, confusa,
onde realmente estou?
Tudo que sempre foi nada,
nada sempre será.
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