Não posso falar de mim.
de minha vazia política
de meus subalternos olhos
sujeitos severamente
ao meu caos cotidiano.
Nada posso dizer
de meus trejeitos indelicados
de minha voz impróspera
e minhas múltiplas faces
de mesmas feições.
Poderei somente calar as
infrutíferas
entonações de meu corpo
demasiadamente mínimo e só
coexistir com o que não
compreendo
minha covardia frágil
sutilmente revestida
da timidez que me anuncia.
Revelo sempre aos prantos
em meus versos desconhecidos
a minha natureza perversa
de fatalidades humanas.
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