Deitada vejo a chuva molhar a grama do quintal, não tenho forças para levantar. Permaneço no meu ofício de observar o pequeno recorte de natureza que sobrevive sombria nesse lado da cidade. Desde pequena tenho medo da chuva se estou dentro de casa, por esse motivo sempre saio quando chove e fiz disso um ofício, ainda que metade das minhas linhas pareçam figuras de linguagem.
sábado, 26 de outubro de 2019
eu até gosto da farsante sensação de recomeço entre um ano e outro. aqui no meu quarto - onde boa parte de mim acontece - tudo está bem diferente, mas estou certa de que a culpa não é astrológica ou das promessas que fiz às vésperas das férias de verão sobre fins de ciclos e começo de novos.
sinto que mudei todos os meus móveis de lugar e me percebo tão confusa com a nova decoração. eu não mudei para outra casa, mas meu cabelo está mais escuro e comprido, também me desfiz de muitas peças de roupa e livros, só que a verdadeira mudança não é visível, nem palpável, é visceral.
pois note: é dentro de mim, num lugar cheio de ranhuras e órgãos - e não dentro do meu quarto - onde eu de fato aconteço.
sinto que mudei todos os meus móveis de lugar e me percebo tão confusa com a nova decoração. eu não mudei para outra casa, mas meu cabelo está mais escuro e comprido, também me desfiz de muitas peças de roupa e livros, só que a verdadeira mudança não é visível, nem palpável, é visceral.
pois note: é dentro de mim, num lugar cheio de ranhuras e órgãos - e não dentro do meu quarto - onde eu de fato aconteço.
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
Os dias têm sido estranhos.
Escrevo essas linhas para o futuro, espero que não tão perverso... sei que temos uma idealização bem poética sobre a virtude de todos os seres, mas você está enganada, Sal. O mundo tem potencial para ser igualmente bom ou mal, a carne de todos os seres é muitas vezes corrompida por coisas que você não entende. Não seja ingênua e se proteja.
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